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Mostrando postagens de maio, 2004

A diferença

por Henrique Matos Os deuses do mundo são os que esperam sacrifícios de seus seguidores. O Deus eterno sacrificou a Si mesmo em nosso favor, para mostrar que antes de nossa devoção, Ele nos amou. O incrédulo sente-se em um barco à deriva, sem rumo, destino ou futuro. O crente navega pela tempestade seguro de que o Senhor controla os ventos a seu favor e caminha sobre as águas em sua direção lhe convidando à vitória no sobrenatural. O coração do homem é corrupto e condena ao mínimo erro de seu próximo. O coração de Deus é puro e perdoa Sua criação ao mínimo sinal de arrependimento, buscando a ovelha perdida ainda que essa caminhe distante de todo o rebanho. O caminho do pecado é largo, belo e oferece prazeres, mas conduz seus peregrinos à morte. O caminho de Deus é estreito, cheio de espinhos e provações, mas a luz que ilumina o fim da trilha é a glória da vida eterna. A morte espiritual no pecado é o sinal do inferno, a voz diabólica da acusação, opressão e provocação maligna. A vida e

O poder da Palavra

por Henrique Matos "Então, os discípulos saíram e pregaram por toda parte; e o Senhor cooperava com eles, confirmando-lhes a palavra com os sinais que a acompanhavam" (Marcos 16:20). Os sinais que a acompanham. Interessante, os sinais não seguem com os homens, tão pouco com suas atitudes ou vontades, os sinais não vêm sozinhos. Mas a Bíblia diz que eles acompanham a Palavra do Senhor. Deus Pai optou por não falar ao mundo com Sua voz estrondosa e trovejante. Deus Filho viveu entre nós, falou conosco durante apenas 33 anos, e libertação, cura e ressurreição acompanhavam Seu caminhar (afinal, Ele é o Verbo, ou seja, a Palavra de Deus viva). E o Deus Consolador habita em nosso meio, mais especificamente em nossos corações eternamente. Mas nos das de hoje, a voz de Deus no mundo não sai de Sua boca, mas é colocada por Ele em nós. Somos os instrumentos escolhidos por Ele para disseminar Sua vontade e pregar a mensagem da Verdade. E como homens, somos tão ávidos em ver os tais sina

A quem enviarei?

por Henrique Matos "Envia-me a mim" disse Isaías ao Senhor, quando perguntou aos Seus anjos quem iria por Ele. E Isaías foi, profetizou e anunciou o Reino e Jesus ao povo de Israel (Isaías 6). "Envia-me a mim" ofereceu-Se Jesus ao Pai, quando dos altos arquitetou o plano de salvação de Sua criação. Então Jesus veio, fez-se homem entre nós, viveu, morreu, ressuscitou par anos libertar e não nos deixou sós (1 João 4:14). "Envia-me a mim" lembrou o Espírito Santo a Jesus, quando o Messias subiu ao céu após a Sua morte. O Espírito Santo desceu sobre os filhos de Deus e passou a habitar em todos os que crêem no sacrifício da cruz (Atos 2). "Envia-me a mim" dizemos nós, domingo após domingo em nossas orações e cânticos. Mas não convictos de que como Isaías, Jesus ou o Espírito de Deus temos cumprido com nosso papel de seguir os planos do Pai para nós, individualmente. E se oramos, devemos estar certos de que Ele nos ouve e aguarda o momento exato para

Sem começo, meio ou fim

por Henrique Matos Sempre gostei de ler. Desde a infância meus pais sempre incentivaram a mim e meus irmãos a cultivar esse hábito. No começo eram livros só com figuras, pinturas e ilustrações auto-explicativas. Depois esses deram espaço a uma ou duas frases por página e a medida que os anos passavam (ou eu subia um grau na minha carreira escolar) o espaço para os desenhos iam ficando cada vez menores e as letras diminuíam em tamanho, cresciam em espaço e não satisfeitas tornavam os livros cada vez mais grossos. As letras sempre foram o meu esconderijo secreto. Os momentos em que estou sozinho, alheio ao mundo e focado em um único ponto. Minha cabeça pára de girar, os relatórios atrasados, dores de cabeça e avenidas entupidas deixam-me por um instante e permitem que eu me concentre em uma coisa apenas: a história contada. Há alguns anos descobri as Escrituras Sagradas, ou melhor, com o perdão da palavra, creio que foram elas que me descobriram. Palavras de consolo, de ânimo, histórias

Está com sede?

por Henrique Matos A oração Oi Mestre, tudo na Paz? Estava pensando em Você. Pensando nos tempos em que esteve aqui em nosso meio como Homem, pisando o mesmo chão, caminhando sob o mesmo sol, conversando face a face com Seus filhos, bebendo da mesma água, sentando à mesma mesa, navegando pelos mares e desfrutando o prazer de sentir a brisa suave tocando o Seu rosto. Conheço e leio a respeito do quanto sofreu por mim e por todos os homens dessa terra. A cada dia me sinto tanto mais tocado pelo Seu martírio, arrependido pelos motivos em que tudo aconteceu e agradeço de coração pelo que fez. O Senhor sabe que diariamente nos falamos e nesses momentos tenho o privilégio de Lhe declarar meu amor, que pessoalmente, pretenderia fazer em todo o instante com meus gestos, falas e pensamentos, mas é difííícil. Seu sofrimento, meus irmãos e eu conhecemos há tempos (tanto que muitas vezes até somos frios com relação a isso). Sua ressurreição também é muito clara e de fato cremos nela. Mas por esses

Criminoso confesso

por Henrique Matos Por um instante, imagine-se há 1.971 anos em Jerusalém. Você está em meio a uma multidão de homens, mulheres e crianças, judeus e curiosos, moradores e turistas. Tudo acontece durante o período da festa da Páscoa e a cidade está cheia de gente, vindos de todas as partes do país. Há poucos minutos você viu um tumulto e entrou para ver do que se tratava. Veja então Jesus. Ele está ali, no topo daquela escadaria, diante de Pôncio Pilatos. Depois de passar a madrugada sendo espancado e julgado pelos líderes judeus Ele volta até Pilatos, o então governador romano em Jerusalém. Só os romanos tinham autoridade para condenar alguém à morte e caberia àquele homem dar seu ultimato a respeito do líder rebelde que se dizia Filho de Deus, sobre quem os judeus pediam tal pena. Em uma tentativa frustrada, pediu ao povo que escolhesse por libertar entre Jesus e Barrabás, um famoso criminoso, e o povo optou pelo segundo. Noutro momento, espancou a Cristo como manda a tradição romana

O rei Davi, você e Saddam Hussein

por Henrique Matos Orar para ter sorte e proteção do céu, ler a Bíblia de manhã como um horóscopo para ver o que Deus diz, esperar a “revelação profética” de um “irmão ungido” para decidir o futuro, carregar uma Bíblia na bolsa para ficar protegido do diabo, gritar enquanto ora para ver se Deus ouve melhor, recitar versículos de “vitória” como mantras para se guardar, ambicionar “cargos” dentro da igreja, ler Salmos e Provérbios porque “falam” mais... Quantas bobagens. E saber que isso em nada difere das práticas ocultistas que são tantas vezes condenadas nas escrituras e nas congregações. Mas infelizmente fazem parte da realidade de nossa igreja. “Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor. Lembre-se de onde caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio” (Apocalipse 2:4-5a NVI). Penosamente, por conseqüência da cultura firmada em misticismos e da miscigenação religiosa que temos no Brasil, ao nos convertermos trazemos para o cristianismo víc