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Mostrando postagens de fevereiro, 2006

À procura

por Henrique Matos É meio de tarde, é verão, nesse instante estou sozinho em uma casa. Inquieto com tantas coisas, resolvi separar alguns minutos para refletir no silêncio, ouvir os detalhes, acalmar o espírito ultimamente tão agitado. No primeiro instante ouvi o canto dos pássaros que brincavam no quintal, sorrateiros, voando baixo rente à grama, passaram como o vento e partiram lá para ao longe. E foi só, desde então reina o silêncio, o calor e minha inquietude teimosa. Rompida somente, tempos depois, pelo zumbido chatíssimo de uma mosca que se atreve a invadir a sala e, imitando os pássaros, voar baixo rente ao meu ouvido que se irrita e incomoda e coça e se enche. Vai e volta a mosca barulhenta e eu já não acho boa a idéia desse silêncio contemplativo... Achei, no início desse fim de semana prolongado, que o simples fugir da cidade grande para o campo, me faria desligar das tantas coisas do dia a dia, do trabalho, da vida. Eu queria é me esvaziar um pouco de mim mesmo e viver um ti

Visões

por Henrique Matos Vejo o mundo, os céus, os animais. Sinto o vento. E quando penso em tua grandeza, eu me espanto, Por saber que um Deus tão grande, pode ainda ser tão próximo. Vejo o passado, olho para trás, meus erros, pecados. Minha libertação. E quando penso em teu amor, eu me constranjo, Por saber que apesar do que sou e faço, Pai, ainda sou abrigado em teus braços nas manhãs. Vejo a cruz, olho tua grandeza, sinto teu amor. Te vejo sofrer. E quando penso em tuas razões, eu me arrependo, Por saber que um Deus tão homem, foi capaz de viver puro e sofrer a pena em meu lugar.