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Mostrando postagens de novembro, 2006

Momento de lucidez

por Henrique Matos Aquela vontade que não cessa. A vontade de seguir os conselhos dessa doce voz, de responder aos santos impulsos, de realizar o que de fato cremos como verdade e justiça. Mas, por que não faço? Por que não sou? É o desejo cru da santidade, de deixar cair a máscara do trabalho pelo dinheiro, de ver ruir o consumo desnecessário em que vivemos. É querer não querer aparecer e ser maior do que deveríamos. A angústia por não mentir, a incessante expectativa em não pecar, não desviar o olhar, não titubear no julgamento. É o querer pôr freio na língua e ter os passos retos. O caminho da retidão, da entrega, de viver aos pés das letras da Palavra que nos aconselha o amor verdadeiro ao próximo, tal qual o temos por nós mesmos. E é deixar tudo por esse amor, entregar a vida toda por aquele se entregou totalmente por nós. Viver para caridade, para as pessoas. Ajudar a curar suas feridas, liberta-los das prisões, vesti-los de sua nudez, guia-los na escuridão, auxilia-los em suas n

Caminho seguro

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por Henrique Matos Josafá! Se o nome não fosse tão feio eu o daria a um futuro filho (é claro que minha esposa não sabe disso). Mas o que me encanta nesse homem não é exatamente a beleza de seu nome (ou nesse caso, a falta dela), mas sua fé tão sincera. A frase registrada no livro de 2 Crônicas me inspira. Cercado por inimigos que vinham ataca-lo, esse rei orou: “pois não temos força para enfrentar esse exército imenso que vem nos atacar. Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti”. E seu exército seguiu para o campo cantando músicas de adoração. Naquele dia, o povo de Josafá venceu a guerra sem precisar levantar uma espada. Ter os olhos em Deus. Não há batalha impossível ao seu lado, não há alegria completa sem a sua presença. Deus é Pai. Que cria, disciplina e ensina. Pai que estende a mão para levar seus filhos na direção certa. E de mãos dadas com ele, só assim, é que poderemos trilhar os seus caminhos. Faça-se o dia claro ou a escuridão da noite. Ponha-se o sol

Reforma

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Na última terça-feira, 31 de outubro, alguns cristãos comemoraram os 489 anos da Reforma Protestante. Um pouco do que penso sobre isso, li no texto de um dos pastores da minha comunidade. O artigo "Marteladas em Wittemberg" (na íntegra, logo abaixo) fala sobre a Reforma. É sincero e é, para mim, uma verdade que admiro. Marteladas em Wittemberg Na próxima terça-feira, o mundo protestante comemorará 489 ano do início da Reforma. Segundo a tradição, em 31 de outubro de 1517 Martinho Lutero, monge agostiano e professor de Teologia, afixou na porta da capela universitária de Wittemberg suas 95 testes, nas quais criticava o sistema penitencial católico, especialmente a venda de indulgências. De acordo com pesquisas recentes, é bem provável que esse evento (as "marteladas em Wittemberg") seja ummito criado posteriormente. Não há provas de que Lutero de fato pregou suas teses na porta da capela; mas temos a certeza de que, pouco depois dessa data, as teses foram impressas e

Cura interior

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por Henrique Matos Cura interior. No meu caso, teve nome, Colicesctomia com Colecistite por Videolaparoscopia. Um nome muito peculiar é verdade. Mas na linguagem quase popular, chamam de cirurgia de extração da vesícula biliar por vídeo. Já no palavrório totalmente popular, “retirada da visícra” transmitida pela TV. Em resumo, entrei na faca. Cura interior. Hoje eu acredito e defendo esse processo. Passei pela minha há algumas semanas e agora gozo o alivio da restauração. Mas, nem tudo foi tão simples (se é que parece ter sido). Antes, lamentei por algum tempo a minha falta de fé. Pensava que sendo eu um cristão tão convicto, bem que poderia experimentar um milagre, desses espetaculares, e passar incólume por essa luta. “Ué”, qualquer um de nós poderia perguntar, “mas Deus ainda não cura os doentes tal como fez tantas vezes na Bíblia?”. É verdade, mas para entender o motivo, minha pequena fé me faz apelar à dose de razão que tenho. E é por ela que percebi e passei a crer em mais duas c