Uma fogueira embaixo d'água
por Henrique Matos “Acende o fogo em mim...” a música tocava no rádio enquanto eu dirigia de volta para casa. Um dia típico em que São Paulo faz jus à sua fama. Muita garoa, céu cinzento e um congestionamento que põe em prova a paciência de qualquer cristão. A música, confesso, não surtia efeito em meu pensamento que vagava longe, depois das oito horas de batente em uma sexta-feira. Liguei o “piloto automático” e seguia de volta para casa em meu 1.0 . Subi então um viaduto e enquanto repetia-se o verso da música, cheguei ao ponto alto daquela pista e lá no fundo uma nuvem era atravessada por um persistente raio de Sol, formando um tímido arco-íris. Gosto de contemplar a criação de Deus. A igreja em que minha esposa e eu somos membros fica no sudoeste do estado e enquanto trilhamos os quase trezentos quilômetros de nossa casa até lá, é visível nas paisagens naturais, a obra do Senhor que cresce com Sua autorização e providencia formando florestas, com a combinação tão majestosa do verde