O troco
por Henrique Matos e Emmanuelle Burci “Não façais mal e o mal não existirá” (Leon Tolstoi) Assim como uma pequena chama na floresta pode se transformar em uma grande queimada, também um ressentimento guardado sem perdão pode, com o passar do tempo, tomar proporções gigantescas e destruir toda beleza naquela que antes era uma terra viva. O fogo mata o que antes era fértil, consumindo o verde reluzente e transformando-o em uma sequidão cinza. Para conter o fogo e impedir a destruição, é preciso esfriar a brasa e aprender a perdoar. Guardar ressentimentos só nos faz sofrer ver todo o resto de nossas emoções serem sugados. Uma segunda opção lógica seria revidar o golpe e fazer justiça com as próprias mãos, mas nesse caso, como no exemplo acima, seria apagar o fogo com mais fogo, seria jogar lenha em uma fogueira. Quando se fazemos um contra-ataque deixamos a posição de vítima e nos igualamos ao agressor. A idéia racional que temos de justiça é dar ao “pecador” uma pena que lhe faça lembrar