Ops!

por Henrique Matos



Muito bem. Sem as ilustrações que tornam melhor a explicação das mensagens, aproveito agora o isolado repente de um aprendizado – expressado na onomatopéia desse título – para dar razão a uma verdade que precisei sentir antes de crer. Que segue:

A única boa conduta que um homem pode ter por si só é o reconhecimento de seus erros.

A afirmação tão contundente deve-se ao fato de que todas as outras boas condutas pela qual pode ser avaliado, não lhe são originais de fato, mas reflexo da misericórdia divina. A bondade, a honra, a justiça, o amor, a fé, o ajudar a velhinha carente a atravessar a rua no semáforo são tão somente fragmentos de Cristo impressos em seu caráter. Esse bom caráter é a “imagem e semelhança” de Deus que herdamos. Isso é parte intrínseca de sua personalidade.

Mas veja pois e então que quanto ao arrependimento, essa é realmente a única atitude nobre que pode um homem ter por iniciativa própria. Reconhecer seus próprios erros e se dispor a mudar não é algo do qual Deus necessite em momento algum.

O arrependimento é a rejeição sincera ao comportamento anterior, o lançar fora a ilusória e altiva auto-suficiência, é esvaziar-se de si mesmo. E justamente nessa condição é que a visão se enquadra ao ângulo exato para enxergar a cruz. O ponto final da jornada egocêntrica.

A cruz. É esse o ponto da encruzilhada em que o caminho mal passa pela conversão e um novo rumo é tomado. É o ponto em que o homem vê que os erros dos quais, afinal, se arrependeu, estão perdoados. As penas que deveria sofrer, já foram sofridas. Suas dívidas já foram pagas. Sua morte foi consumada na crucificação de Jesus Cristo, o mesmo que agora, ressurreto, o convida para a vida eterna.

Que atitude boa pode o homem ter diante de tamanha glória? Que vida pode um homem viver então senão de gratidão e entrega àquele que o preenche de virtudes por amor? Quem não amaria um Deus assim? Quem não o teria como Pai?

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16).

Comentários

Vítor Mácula disse…
Caro Luiz.


Oooooops, digo eu… Caramba, um rebento brotou do vosso amor, que maravilha, parabéns e alegria!... Que o Deus da vida e do amor vos ilumine, guie, alimente…

Quanto ao arrependimento, é claro que é um dos pilares da conversão e do retorno a si e a Deus.

Um grande abraço (para os três, claro :):):)
Anônimo disse…
Parabéns pela lucidez!
Confesso que faz alguns meses que penso sobre esse assunto. Essas questões sobre a graça estão estilhaçadas para mim. estou remontando um quebra-cabeça. No seu texto achei mais uma pecinha...
bom feriado e muito prazer

Postagens mais visitadas deste blog

O amor, um calção e gestos primitivos (cinco minutos antes de minha vida mudar)

Minha religião não permite

De mudança